terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sinceridade e o ato de ser sincero. O que isso significa para você?



Fui impelido a partir de uma conversa provocadora, porém, agradável, a responder o que significa “sinceridade”. A verdade é que responder a um conceito desses que tenta traduzir uma postura a ser tomada e praticada por nós, não é tão simples como parece ser.

Daí, percebi que muito mais do que responder o que fiz e continuo fazendo é refletir sobre a “sinceridade”: O que é, o que significa e como ela pode ser vivida e praticada por cada um.

Será a “sinceridade” uma atitude engessada ou um conceito definido e nada mais? Não menosprezando o que o verbete no dicionário diz sobre ela, mas tentando dar um rosto mais prático do que teórico, penso que podemos ir além do que diz o verbete. (Aliás, se está curioso (a) para saber o que o dicionário diz sobre, consulte-o, pois esta é uma prática muito boa que deixou de ser praticada há muito tempo).

Somos o primeiro sujeito quando a questão é a “sinceridade”. Precisamos ser sinceros conosco mesmos para então sermos sinceros nas demais relações. Talvez aí esteja o primeiro e grande desafio: Sermos sinceros conosco em primeiro lugar.

Será que temos coragem de aceitar aquilo que somos? Será que nos permitimos refletir sobre aquilo que dizem que somos? Qualidades e defeitos pessoais são pensamentos presentes em nossas mentes ou se encaixam meramente na classe dos adjetivos?

Fiquei pensando a partir de tudo isso que às vezes nos perdemos no profundo significado do que realmente significa a “sinceridade” e a atitude de ser “sincero”. Às vezes nos gladiamos com os outros porque queremos acima de qualquer coisa que a “sinceridade” prevaleça. Dizemos não suportar injustiças, situações que são criadas e provocadas onde terceiros acabam sendo prejudicados. Não queremos permitir que a “corda continue arrebentando para o lado mais fraco” e em nome de tudo isso, existem alguns que se dizem corajosos e então, apelam para a “sinceridade”. Será isso mesmo? Confesso que não tenho mais tanta certeza. São tantas as decepções que surgem diariamente assim como surgem os raios do sol, que estou pensando que às vezes mais do que “sinceridade” o que existe por detrás de cada atitude, no fundo, no fundo é um ato de auto-defesa ou então uma tentativa de manipular a situação. Seria isso realmente possível de acontecer? Tenho até medo da resposta, ou seja, estou com medo de ser sincero comigo mesmo. Está vendo como o problema está mais perto do que pensamos? Você que está lendo essa reflexão, pode estar correndo o risco de estar me julgando a essa altura do texto. Deve estar pensando: será que ele está falando dele mesmo? Meu Deus, como o Ricardo se expõe desse jeito? Ou outros questionamentos do gênero. Será que acertei sobre o seu pensamento?

Independente da resposta, faço um convite: Melhor do que ficar tentando adivinhar o que se passa na minha mente e no meu coração nesse momento, faça algo de mais concreto.. Seja “sincero” consigo mesmo. Não queira ser “sincero” com todos que estão a sua volta, porque você corre o risco de ficar chato e as vezes até agressivo. Seja “sincero” consigo mesmo e permita-se perguntar sobre o que a “sinceridade” e o ato de “ser sincero” significa para você. Tenha certeza que isso já será um grande ganho para você e para os que convivem com você. Mas do que ser “sincero” com os outros, ser “sincero” consigo mesmo significa um ganho muito maior para todos. Se todos fossemos “sinceros” de verdade (se é que é possível ser “sincero” de mentira) conosco mesmos, talvez não haveria a necessidade de “destilarmos” tanta “sinceridade” por aí.

Nunca pensei que ser interrogado sobre a “sinceridade” pudesse mexer tanto comigo. Mas mexeu. Não quero “mexer no seu queijo”, mas fazer você pensar sobre o real significado da sinceridade. “Sinceramente”... Não sei se consegui ser claro, sou “sincero em afirmar que ao menos tentei. Seja “sincero” com você e depois se quiser, seja “sincero” comigo também. Ficarei agradecido!





Um agradecimento especial à pessoa que me fez pensar em tudo isso. Tomara que consigamos nos aproximar cada vez mais da preciosidade que é a “sinceridade”. Obrigado.

Até daqui a 15 dias. Deus abençoe você!


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