terça-feira, 18 de maio de 2010

Por que isso a mídia não divulga?

Índia: sacerdote morre tentando salvar jovens de afogamento


GOA, segunda-feira, 17 de maio de 2010 (ZENIT.org). - Um sacerdote morreu na praia de Galgibaga, Índia, tentando salvar três jovens do afogamento, na semana passada.

O Pe. Thomas Remedios Fernandes, de 37 anos, vigário da paróquia de Jesus, Maria e José, estava com um grupo da paróquia que comemorava um dia de convivência na praia, segundo informou a agência Cathnewsindia. Não hesitou em lançar-se ao mar revolto para socorrer três jovens que gritavam por socorro.

O presbítero conseguiu salvar os três - uma jovem e dois rapazes de idades entre 17 e 19 anos -, mas enquanto salvava o terceiro, sofreu um ataque cardíaco e não resistiu.

O ato comoveu as mais de 60 pessoas que testemunhavam o resgate.

O sacerdote recebeu assistência no local e foi levado ao hospital, onde os médicos constataram sua morte. Os três jovens resgatados receberam os primeiros-socorros e passam bem.

Na comunidade católica de Goa vive-se a perda do sacerdote com dor, mas também com admiração e esperança.

"Foi um pastor que deu a vida por suas ovelhas - comenta-se. Neste Ano Sacerdotal, é um exemplo e testemunho para todos os sacerdotes."

terça-feira, 11 de maio de 2010

O que você guarda no seu coração?


Começo minha reflexão com um questionamento: “Quem ama a Jesus?”

Todos nós somos impulsionados a responder positivamente a esse questionamento. E isso é bom. Muito bom.

Porém, quando dizemos que amamos a Jesus, temos que ter a coragem de carregar as conseqüências dessa relação de amor.

Na liturgia de domingo passado, no Evangelho de João, temos a seguinte afirmação: “Se alguém me ama, guarda a minha palavra”.

Alguns exemplos simples nos faz pensar na importância de guardar aquilo que para nós é importante. Por exemplo, o nordestino, no inverno, aproveita a chuva para guardar e armazenar a água porque sabe que precisará dela durante a seca.

Quem tem poupança, cuida para mensalmente depositar uma reserva do dinheiro que ganha durante o mês. Sabe que quando precisar do dinheiro, ele estará lá, guardadinho para ser usado no momento em que for oportuno. O agricultor guarda e armazena no celeiro os frutos da sua colheita. Quando precisar, usará da sua colheita para efetuar trocas, para o consumo próprio, para vender ou fazer dela o que for necessário.

E nós cristãos, que dizemos que amamos o Cristo, o que temos guardado no nosso coração? Jesus é claro: “Quem me ama, guarda a minha palavra”.

Precisamos ser sinceros conosco mesmos para admitirmos que muitas vezes, armazenamos muitas coisas no nosso “celeiro” que não serve para nada. Guardamos raiva, ódio, desejo de vingança e muitas vezes, buscamos o poder de forma exacerbada.

Se escolhemos guardar esses sentimos no nosso coração, é certo que, quando passamos por alguma dificuldade e procuramos ferramentas dentro de nós para nos ajudar, encontramos aquilo que temos guardado.

Cada um encontra o que tem guardado: o nordestino encontra a água; o agricultor encontra os frutos de sua colheita, o poupador encontra o dinheiro que guardou na poupança. E nós, o que temos encontrado guardado no nosso coração?

Não quero que você se sinta culpado ao ler essa reflexão. Não quero mesmo. Mas, ao contrário. Quero que ao ler essa reflexão, você tome conhecimento do que tem armazenado dentro de você. Se forem coisas que não prestam, jogue fora antes que elas estraguem, percam a validade e apodreçam dentro de você. Não permita que isso aconteça.

Depois que jogá-las fora, não deixe seu celeiro vazio. Ele precisa ser ocupado com coisas boas, que não estragam. Quer uma dica?

Armazene no seu coração a palavra de Deus. Essa foi a dica do próprio Jesus na liturgia de domingo passado. Armazene também amor, educação, respeito e tantos outros valores que nos ajudam a ser mais gente. Sendo mais gente, ganhamos nós em primeiro lugar e também quem convive conosco.

É certo que todos nós precisaremos um dia usar da nossa reserva. O que você vai querer armazenar? O nordestino armazena água; o agricultor o fruto da sua colheita, o poupador dinheiro...

Feliz colheita!!!

quarta-feira, 24 de março de 2010

"Quem não tiver pecado, que atire a 1ª pedra..."

No último final de semana, 5º domingo da quaresma, o evangelho dominical nos trouxe o relato da mulher que foi pega cometendo adultério. Os fariseus e os doutores da lei levaram-na ao templo e apresentaram-na a Jesus.

Se hoje tal fato significa grande humilhação, naquela época significava muito mais.

Os fariseus e doutores da lei julgavam-se “justos”, por isso, queriam ver como a justiça de Jesus iria ser manifestada diante daquela “pecadora”.

Talvez tenhamos dificuldade de nos identificar com a pecadora porque não tenhamos passado (tomara) por tão grande humilhação.

Mas, se tivermos a coragem de nos depararmos diante do espelho e de olhar para o nosso interior, iremos nos identificar com facilidade com a atitude dos fariseus e dos doutores da lei.

Julgar e acusar os outros é sempre fácil diante do desafio de olharmos para os nossos erros, limitações e falhas.

Viver a vida dos outros e apontar aquilo que “julgamos” não ser certo se pode tornar uma arma mortal para muitas pessoas que são vítimas da hipocrisia e farisaísmo dos nossos julgamentos e atitudes.

Tem gente que vive tanto a vida dos outros que não vive a própria vida. Pais que vivem a vida dos filhos; filhos que vivem a vida dos pais; sogras que vivem a vida das noras, noras que vivem a vida das sogras e assim por diante...

Jesus desmonta os fariseus e doutores da lei quando devolve a bola para eles dizendo que podem condenar a mulher à morte, atirando pedras... Mas, impõe uma condição: Que atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado.

Diante disso, a partir dos mais velhos, um por um vai deixando o local. Por que será?

Assim, aconteceria conosco. Se fizermos o exercício de olhar para nossa vida, para nossos erros, falhas e limitações, antes de apontar os dos outros, dificilmente nos ocuparíamos com a vida de terceiros, porque nos faltaria tempo para nos ocupar com a nossa própria vida.

Dizem por aí que “gatos” têm sete vidas. Algumas pessoas deveriam ganhar ao menos um gato por ano. Gastariam tempo em cuidar das vidas dos gatos e assim, deixariam muitas pessoas viverem mais em paz.

Não quero ser puritano e tão pouco julgador apresentando para você essa reflexão. É que a partir do evangelho do último domingo fiquei pensando nessas coisas. Fiquei pensando quantas vezes fui hipócrita e falso como foram os fariseus e doutores da lei e quantas vezes deixei de praticar a justiça do jeito de Jesus.

Mas, também fiquei pensando quantas vezes paguei um alto preço por ser vítima do julgamento dos outros, por ser acusado, inclusive por coisas que não fiz.

O confortador de tudo isso é saber que independente dos nossos erros, Deus nos acolhe do jeito que Jesus acolheu a mulher adúltera. A proposta que fez para ela faz para cada um de nós: “Não peques mais”.

Estamos terminando o tempo quaresmal e prestes há iniciar o tempo pascal. Tempos propícios para acolhermos a proposta salvífica de Jesus. O desafio está lançado. Se será aceito ou não, dependerá de cada um de nós.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

BIG BROTHER

Ninguém precisa ser um “expert” em inglês para saber o que significa essa expressão inglesa: “Big Brother”. Big: Grande. Brother: Irmão. Ou seja, “Grande Irmão”.

Não, eu não farei uma apreciação crítica sobre o que você está pensando. Mas, ao contrário, falarei de coisas importantes, ou seja, um pouquinho do que realmente é ser um “big brother”, morar com grandes irmãos, dividir comunidade 24 horas por dia, e não por alguns meses, mas, por vários anos, ao menos 10 anos.

Eu tenho “grandes irmãos”. Alguns são grandes no tamanho, outros no peso, mas, todos eles são grandes no ideal, no coração, no desejo de servir ao Senhor e à Igreja.

Há 10 anos entrei na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Junto comigo, entraram outros vários. Nossa turma já foi de 48 pessoas. Hoje, somos em 15.

Desses, 13 são diáconos e 2 se preparam para o diaconado. Nós sim somos grandes irmãos. Sonhamos juntos, buscamos um mesmo ideal juntos, enfrentamos desafios e dificuldades juntos. Às vezes discutimos, brigamos... Mas, não deixamos nada ser maior do que a nossa busca, do que o nosso ideal. Sabemos ceder, sabemos perder. Não porque somos melhores, mas, porque Aquele que seguimos nos ensinou que é preciso ceder e perder para poder ganhar aquilo que realmente vale à pena.

Não buscamos ganhar um milhão e meio de reais, mas, o prêmio que buscamos, vale mais do que qualquer montante de dinheiro. Nossa recompensa é incalculável. Não a queremos somente para nós. Queremos dividí-la com você!

Só um “grande irmão” é capaz de dar o melhor para o outro.

Divido com vocês o que hoje tenho de melhor: Meus “grandes irmãos”. Queremos que você também seja nosso irmão, nossa irmã.

Queremos dar para você aquilo que temos experimentando em nossas vidas. Há 15 dias fizemos votos perpétuos e ficamos diáconos. Sei que posso dizer por todos eles que ter ficado diácono tem sido uma experiência ímpar em nossas vidas.

Queremos fazer a diferença. Queremos ser sinais concretos de Deus na sociedade, porém, sinais concretos de Deus na sua vida. Não queremos chegar a você por câmeras que nos vigiam 24 horas. Mas, queremos chegar a você como canais e instrumentos do Deus que nos une e que nos garante que n’Ele, todos somos “grandes irmãos”, porque somos seus filhos, filhos do “Grande Pai”, ou se preferir, filhos do “Big Father”.

Deleitem-se com a foto dos “grandes irmãos”.


Big abraço carinhoso e fraterno.