segunda-feira, 28 de setembro de 2009

OS QUADRIGÊMOS CHEGARAM...

Aqui vai uma homenagem quadruplamente merecida.
Minha amiga Caú, grávida de quadrigêmeos, deu a luz hoje.
Foi um processo de sete meses:
Primeiro ficou assustada, extremamente normal num caso desses. Até porque ela não fez nenhum tipo de tratamento. Simplesmente ficou grávida de quatro bebês. Junto com o susto, os enjôos. Tudo quadriplicado...
Depois teve que ficar de repouso, mas repouso de verdade. Em casa, no quarto, na cama... Para quem conhece um pouco a Caú sabe o tanto que isso custou para ela.
Agora, nos últimos dias, o médico pediu para que ela ficasse no hospital. Deve estar por lá há uns 10 dias. Pura precaução. E então, depois de 31 semanas, os bebês estão no meio de nós...
João Pedro, Sophia, Laura e Beatriz. Todos surpreendentemente grandes para esse tipo de gestação. Todos perfeitinhos, pesando em média 1.400kg e entre 38 e 40 cms de comprimento.
Acabei de falar com a vovó Margarida, que por sinal, hoje está aniversariando. Olha só que presente. Quatro netinhos de uma vez só!
A Caú está super bem. Os bebês, mesmo estando na UTI neo-natal, também estão. Faz parte do processo que fiquem lá por mais ou menos uns 45 dias. Isso tudo será para o bem deles...
É isso, o “quarteto fantástico” chegou. Está no meio de nós. Para eles e para a mamãe Caú, muita saúde....
Contem com nossa torcida e os que tiverem perto, por favor, ajudem a por a mão na massa, porque eles irão precisar...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sinceridade e o ato de ser sincero. O que isso significa para você?



Fui impelido a partir de uma conversa provocadora, porém, agradável, a responder o que significa “sinceridade”. A verdade é que responder a um conceito desses que tenta traduzir uma postura a ser tomada e praticada por nós, não é tão simples como parece ser.

Daí, percebi que muito mais do que responder o que fiz e continuo fazendo é refletir sobre a “sinceridade”: O que é, o que significa e como ela pode ser vivida e praticada por cada um.

Será a “sinceridade” uma atitude engessada ou um conceito definido e nada mais? Não menosprezando o que o verbete no dicionário diz sobre ela, mas tentando dar um rosto mais prático do que teórico, penso que podemos ir além do que diz o verbete. (Aliás, se está curioso (a) para saber o que o dicionário diz sobre, consulte-o, pois esta é uma prática muito boa que deixou de ser praticada há muito tempo).

Somos o primeiro sujeito quando a questão é a “sinceridade”. Precisamos ser sinceros conosco mesmos para então sermos sinceros nas demais relações. Talvez aí esteja o primeiro e grande desafio: Sermos sinceros conosco em primeiro lugar.

Será que temos coragem de aceitar aquilo que somos? Será que nos permitimos refletir sobre aquilo que dizem que somos? Qualidades e defeitos pessoais são pensamentos presentes em nossas mentes ou se encaixam meramente na classe dos adjetivos?

Fiquei pensando a partir de tudo isso que às vezes nos perdemos no profundo significado do que realmente significa a “sinceridade” e a atitude de ser “sincero”. Às vezes nos gladiamos com os outros porque queremos acima de qualquer coisa que a “sinceridade” prevaleça. Dizemos não suportar injustiças, situações que são criadas e provocadas onde terceiros acabam sendo prejudicados. Não queremos permitir que a “corda continue arrebentando para o lado mais fraco” e em nome de tudo isso, existem alguns que se dizem corajosos e então, apelam para a “sinceridade”. Será isso mesmo? Confesso que não tenho mais tanta certeza. São tantas as decepções que surgem diariamente assim como surgem os raios do sol, que estou pensando que às vezes mais do que “sinceridade” o que existe por detrás de cada atitude, no fundo, no fundo é um ato de auto-defesa ou então uma tentativa de manipular a situação. Seria isso realmente possível de acontecer? Tenho até medo da resposta, ou seja, estou com medo de ser sincero comigo mesmo. Está vendo como o problema está mais perto do que pensamos? Você que está lendo essa reflexão, pode estar correndo o risco de estar me julgando a essa altura do texto. Deve estar pensando: será que ele está falando dele mesmo? Meu Deus, como o Ricardo se expõe desse jeito? Ou outros questionamentos do gênero. Será que acertei sobre o seu pensamento?

Independente da resposta, faço um convite: Melhor do que ficar tentando adivinhar o que se passa na minha mente e no meu coração nesse momento, faça algo de mais concreto.. Seja “sincero” consigo mesmo. Não queira ser “sincero” com todos que estão a sua volta, porque você corre o risco de ficar chato e as vezes até agressivo. Seja “sincero” consigo mesmo e permita-se perguntar sobre o que a “sinceridade” e o ato de “ser sincero” significa para você. Tenha certeza que isso já será um grande ganho para você e para os que convivem com você. Mas do que ser “sincero” com os outros, ser “sincero” consigo mesmo significa um ganho muito maior para todos. Se todos fossemos “sinceros” de verdade (se é que é possível ser “sincero” de mentira) conosco mesmos, talvez não haveria a necessidade de “destilarmos” tanta “sinceridade” por aí.

Nunca pensei que ser interrogado sobre a “sinceridade” pudesse mexer tanto comigo. Mas mexeu. Não quero “mexer no seu queijo”, mas fazer você pensar sobre o real significado da sinceridade. “Sinceramente”... Não sei se consegui ser claro, sou “sincero em afirmar que ao menos tentei. Seja “sincero” com você e depois se quiser, seja “sincero” comigo também. Ficarei agradecido!





Um agradecimento especial à pessoa que me fez pensar em tudo isso. Tomara que consigamos nos aproximar cada vez mais da preciosidade que é a “sinceridade”. Obrigado.

Até daqui a 15 dias. Deus abençoe você!


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Entrevista com o meu pai !

Postarei aqui uma entrevista que foi feita com meu pai nos últimos dias. Conhecendo um pouco dele, conhecerão um pouco mais de mim... boa leitura!


"Eu tenho muito orgulho da minha família"

A afirmação é de seu Josué Diniz e, aos 68 anos de idade e muito tranqüilo, ele vive há 30 anos no bairro Bandeirantes e se considera satisfeito com sua história


Seu Josué: dedicação de uma vida à família.


O rosto sereno revela algumas marcas da vivência. Os olhos claros contam com a ajuda dos óculos para enxergar. Mesmo com leveza, percebe-se que ele já trabalhou bastante. A postura firme, de quem gosta das coisas retas, como o próprio seu Josué Diniz diz, cede lugar a um sorriso ao falar de suas paixões: a família, a religião, o Santos Futebol Clube, o trabalho.

Um empreendedor que veio de longe. "A gente que é criado no norte é ensinado a fazer as coisas certo", ressaltou o paraibano que escolheu Londrina por terra desde 1962.
Ele começou a formar sua família há 45 anos. Seu Josué, morador do jardim Bandeirantes, na região oeste de Londrina, já foi entregador e cobrador numa loja de departamentos, a mesma desde que começou a trabalhar, e fiscal do Sindicato dos Carregadores e Arrumadores de Londrina. "Eu nunca bebi, fumei ou joguei. Aí guardei meu dinheiro e casei", contou seu Josué, aos 68 anos de idade.
A esposa, Dona Cleonice, inspirou um romance que exigiu persistência: o namoro por cartas. Namoraram três anos e os últimos meses foram vividos assim, na ansiedade de esperar o correio. Finalmente, em julho de 1974 o casamento foi realizado.Os filhos não demoraram para chegar e o casal recebeu Joenice um ano depois da união. Quatro anos mais tarde, dona Cleonice deu a luz a José Ricardo e, novamente, passados mais quatro anos, Jeferson veio ao mundo.
Família formada, o patriarca buscou dedicar-se às provisões do lar. Trabalhar, construir a casa, criar os filhos. O investimento maior, para ele, é a educação. "Graças a Deus meus três filhos estudaram, são formados na faculdade", orgulha-se.
Casa menos cheia agora, afinal, a Joenice menina tornou-se Joenice mulher. É esposa, mãe e presenteou os pais com duas netas, Giovana e Júlia. José Ricardo também bateu asas do ninho. É seminarista e logo se tornará padre. Resta Jeferson, que já tem data certa para se mudar. Ele vai casar em julho do ano que vem. O pai ainda se preocupa com os passos do filho. "Eu gostaria de ter feito uma casa para ele, mas não tive jeito de fazer, só pude dar o terreno.
"Descontraído, seu Josué agora quer descansar, disse que gosta de participar dos trabalhos da igreja. "Eu faço parte da equipe econômica e da equipe do dízimo." Além da paróquia, a pequena chácara propicia um tempo de lazer. Seu Josué descontrai cuidando das plantas, pintando as paredes da casa.Para o homem disciplinado, a vida foi generosa na medida em que construiu suas bases e agora é tempo de desfrutar das conquistas. "Tenho muito orgulho da minha família, não posso reclamar de nada, não."
Um remorsoApesar de toda a satisfação que demonstra, seu Josué guarda um sentimento não muito feliz. Nos tempos de juventude, fazia hora extra, não se importava em trabalhar até a meia-noite, se fosse preciso. Nesta época, o pai dele adoeceu. "Eu passei a trabalhar mais ainda para mandar dinheiro para ele", conta. Contudo, tempos depois descobriu que a necessidade maior do pai não era material.Quando contabiliza os possíveis arrependimentos ao longo desses anos, o maior - e talvez único - vem à mente rapidamente. "Hoje eu sei que eu devia é ter ido ver ele e não ter trabalhado mais. Era isso que ele queria."
É natural um pai querer bem os filhos. Para ele, os filhos devem ser motivo de alegria em um lar. Seu Josué não foge do papel zelador de pai e tem uma palavra para os jovens atuais. "Os jovens devem se integrar à sociedade, não se drogar, roubar, matar. Isso destrói vidas e acaba com famílias inteiras.